domingo, 14 de abril de 2013

E no meio de tudo, encontrei você...

Quanto tempo não venho aqui...
Tenho tanto para dizer e não sei se as palavras serão suficientes para dizer tudo o que tem de ser dito...
Eu não vinha aqui a muito tempo... Eu não quis vir... Não aguentava mais torcer e retorcer todas as minhas palavras, pra fazer sair uma dor que parecia tão intrínseca a minha estrutura, que me abalava inteira só de pensar em viver sem ela...
Quantos dias pareciam que nunca acabariam...
Algum tempo atrás eu pensava seriamente enquanto deveria ainda existir e me agarrava a qualquer motivo que fosse, para ter de mim a melhor parte que eu merecesse...
Eu sobrevivi!
E no meio de tudo, encontrei você...
Enquanto meu corpo perambulava por ai, inquieto, acostumado as mágoas, aos desgastes e sem coragem de dar um passo para fora da prisão que me acometera, descobri quase que por acidente, que minha alma vagava, ia tão longe e foi tão esperta...
Eu sonhei, meus sonhos mais incríveis e quando voltei para a casca, nada do que me prendia fazia mais sentido... SOLTEI AS AMARRAS!
E quem me vê agora, dificilmente acredita que a frágil menina de que falo, é a que hoje relata esses fatos... Fato!
Fato? Mas o que são fatos, diante de uma experiência inteira de coisa amarga, ferida... Coisa... Coisa, que não mais sou!
Agora me dizem, que sou princesa, eu sou um bem, que sou amor, linda, que levo alegria...
Quem diria, não?
Começo a acreditar piedosamente que você sempre morou em mim... Eu só não via seu rosto, só não sabia quem era...
Conto de fada meu?
Eu bailei para você aquela liberdade, sensação, que eu não estava acostumada a pensar que pudesse um dia ser minha...
Você me devolveu meu sonho... Minha inspiração, meus passos... Meu presente que chegou na ressurreição do filho de Deus!
"Vai Lázara, vem para fora!" Eu fui...
E precisava tanto disso... E você vem na medida certa, transbordando nos meus lábios... Derramando-se de amores faz quebrar minha couraça, cair minha máscara e sou apenas eu... Transparente... Diáfano!
E como explicar, esse dom que você tem de enxergar minha essência na sua mais pura condição?
Foge a regra, foge o sentido... Devolve o rumo e organiza tudo... Cada coisa no seu lugar e fica assim: Eu e você, você e eu!
Ah... Eu disse, que palavras não seriam suficientes... Eu avisei...
Tudo é pouco diante desse tanto.... Desse muito... Meu presente... Minha chance de ser...
Você já me deu tanto... Me alivia te amar!
Eu quero ser tanto também... E lembrar de tudo com essa mesma sensação, todos os dias...
Não quero perder... Eu quero ser apenas e colher nas nossas tardes de primavera, todas as alegrias e bençãos que começamos a plantar juntos!
Eu sei que palavras, não vão dar conta de dizer tudo... Mas na falta de um vocábulo mais preciso, quero dizer que: Amo muito você!!

Valsa

Não gosto quando ela se aproxima assim... Mas sempre a recebo... Mesmo que não tenha vindo dessa vez a minha casa, parece que ela faz que...