segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um músculo perfurável...

Era de se esperar que tais coisas acontecessem...
O disfarce, a mente, o absurdo, a redundância, a objetividade que não deveria existir para essas coisas e ainda, os outros que não deveriam existir para nós.
Vejamos,
Onde foi que paramos e o que fizemos para que isso acontecesse?
Que porcaria de liberdade é essa, que as pessoas insistem em ter nas nossas vidas sem que nós antes permitamos isso?
Odeio... Odeio... Pensar, que não sou capaz de ter minha própria vida em minhas mãos, porque os outros insistem em tê-la para si, como se as pertencesse. Como se fosse deles...
Vivendo-a para mim...
Quero o meu absurdo de vida de novo!!
Exijo minha liberdade, tal como ela é...
Onde foi que parei e deixei que as coisas acontecessem da forma que aconteceram?
Sabe... É o músculo perfurável
É a história inabalável?
Os pensamentos incontáveis que deixaram de nos pertencer?
Onde fica nosso querer?
Essa decisão não tinha de ser nossa?
A concordância não tinha que partir de nós? Unicamente nossas almas?
Que porcaria é essa que tem que acontecer no outro e não em nós?
Espero jogar no lixo tudo isso...
Não sou capaz de dizer uma única palavra concisa neste momento, mas posso garantir que meus absurdos me deixam incrivelmente bem...
...
As coisas não tinham que ficar mais dolorosas do que estão...
Alguém acha que sou incapaz de sentir dor?
Meu peito não é de aço...
Nem eu gostaria que fosse. Não seria compátivel comigo. O aço é frio...
...  ...
Agora eu o vejo a quilômetros de distância...
Um nó na minha garganta nos separa de todas as coisas e sou capaz de jurar que ele pode ser maior e pior do que qualquer sentido desvairado que habita neste mundo...
Isso tudo porque, não somos capazes de ter nossas vidas em nossas próprias mãos...
Tudo poderia se resolver... Mas não se resolve...
Certo.
Falhas?
Sim, tivemos e não foram poucas...
E confesso, 
... restaurar uma obra de arte, dessas como a nossa é quase ter que fazê-la novamente.
Não deverá haver rugas. A restauração deverá ser plena... Capaz de enganar com perfeição olhos humanos... Nossos olhos humanos.
Não, não estou bem!
E não quero ficar pior, então me deixem neste momento, sentir tudo o que a dor me permitir sentir.
Quando isso acontecer deverei chegar a minha quase extinção e como fênix ressurgirei das minhas cinzas...
Se você estiver por lá, me receba no que restar de mim...
Sou capaz de jurar, que ainda haverá muito de você...

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