quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A solidão me cansa...

Boa noite,
Mais um dia...
Outro rasgo na alma.
Não sei se sou capaz de suportar isso mais.
Vamos lá? Como alguém pode andar assim, de dias tão maravilhosas e dores tão cansativas, repetitivas.
Estou farta disso e ainda assim insisto.
Olhando pela janela agora, sou capaz de ver as marcas de passos que não foram dados... Coisas que não foram sentidas e nem vivenciadas, mas que são capazes de sequestrar a última gotícula de ar que pensa em sair dos nossos pulmões.
Eu não sei o que pensar, o que fazer, como fazer.
Quero um pouco de paz que nunca tive, quero dar-me por inteiro a objetivos que no momento não sou capaz de enxergar.
Me sinto só. Estou nesse exato momento gritando e ninguém a minha volta é capaz de ouvir. Seria eu o problema?
Atrapalho?
Preciso de uma direção segura... Eu sei que os caminhos estão lá, mas você seria capaz de entender, se eu dissesse, que para quem viveu uma vida inteira no escuro, a claridade me causa cegueira.
Hei?!
Estou aqui na janela, enquanto vejo pessoas irem e virem, caminhando entre espinhos e flores, nessa passarela de sonhos.
E eu?
Eu?
No fim das contas, guardei todos os meus sonhos em gavetas velhas, baús antigos em antiquários que se quer são visitados, quer dizer... Um ou outro como eu, as vezes. E como eu, guardaram seus sonhos em gavetas velhas, baús antigos em antiquários que se quer são visitados...
Minha vontade é de dormir as vezes... Dormindo eu sonho, sonhando é tão mais fácil cumprir as metas que almejo.
O problema está em não gostar de sonhar só.
A solidão me cansa...
Sonha comigo? Realize comigo? Ou então, entre nos meus sonhos... Só não me deixe voltar para lá sozinha...
Estou farta da solidão. Não que eu não goste de estar só. Disso eu gosto... O que eu detesto é estar só, no meio dessa multidão.
As coisas poderiam ser mais fáceis.
As vezes sinto falta da minha infância, mas então me lembro do quanto fui obrigada a crescer sem querer e descubro que nunca fui criança.
Fui um bebê, fui monstro, fui vazio, fui pele, fui alma e agora? Uma mistura inabitável de coisas estranhas.
Minha alma?
Ora sentamos para tagarelar...
Vai um chá aí?
Ela quer voar... Não vai, porque minha pele a prende.
Quem foi que nos prendeu nesse grilhões, minha alma?
Quem nos colocou nessa sala?
Quem determinou as dores que sentiríamos?
Quem?
Senão nós e os outros que passam por nossas vidas, sem saber o quanto eles fazem, "bem ou mal", ao passarem por nós assim?
Eu sinto muito alma minha... Sinto muito... Sinto... Sinto...
E você chora agora...
Abraçadas, nos sentaremos mais uma vez na janela, para ver o ir e vir de quem nem sabe que "bem ou mal", nos fazem, fazendo isso ou nada...

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