sexta-feira, 6 de maio de 2011

Possibilidades...

Vamos lá?
E você nem sabe o que significa e nem se importa em descobrir...
Palavra por palavra, estamos a disposição dos conceitos que nos couberem neste momento.
E dane-se a coerência... É só mais uma entre tantas.
Um circo armado... Com direito a cambalhotas, risadas extridentes, irritantes, desgostosas e prostituídas no gozo infernal das aparências.
Engano?
Quem sabe?
Nada se pode comprovar neste universo de possibilidades.
Em um dia palhaço, em outro bailarina, trapezista, domador, domado, etc..
São só papéis... E que papéis!!! Cada um deixando rastros, marcas...
Circo de horrores, aterrorizantemente sedutor. Deliciosamente sedutor.
Valsaremos então uma vida inteira e descobrirei nos últimos segundos quem sabe, que o que me frustra não é a falta de possibilidades, mas quem sabe o excesso delas.
Engano?
Quem sabe?
Nada se pode comprovar neste universo de possibilidades.
Eu sinceramente não pretendo... Ah não!! Não pretendo, não pretendia, não pretenderei, quem sabe... Esvaziar-me disso tudo...
Vou antes viajar nas asas do vento...
Ir e vir como onda do mar que se inquieta e vai e vem em teimosia.
Vou antes quem sabe, ser um sonho de alguém, um pensamento de outro, um pecado de aquém. Vou antes queimar-lhe um abraço, ferver-lhe o sangue, impacientar sua sexualidade, transar-lhe e sou capaz de jurar que posso fazer isso em um único sorriso.
Engano?
Quem sabe?
Nada se pode comprovar neste universo de possibilidades.
Aqui... Acolá... Uma menina de tranças, de fita, vestido e contas, estabelece as regras de que se servirá...
"Amarei a mim mesma, como ninguém nunca será capaz de amar." E esse será o meu melhor e pior amor... O meu primeiro... Serei tocada e apreciada num beijo de espelho, uma carícia de água embaixo do chuveiro, um elogio que se reflete e espera no espelho, uma flor que cheiro, um olhar que apreendo, uma palavra que escrevo, o meu gesto mais bonito...
Tudo do bom e do melhor para o meu eu amado...
Engano?
Quem sabe?
Nada se pode comprovar neste universo de possibilidades.
E onde estivermos...
E onde quisermos...
E quando nos precisarmos...
Estaremos lá, um para o outro eu de mim, conflito sem solução, irresistível, incapaz de coerência para não perder seus sabores e desabores.
Caça e caçador,
A proposta e seu ouvinte, senhor e escravo de si mesmo.
Engano?
Quem sabe?
Não se convém comprovar nada neste universo de possibilidades.
Convém apenas ser...
E ser já exige muito de quem dia a dia vai sendo...
E sabe que nunca é...

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