quarta-feira, 8 de junho de 2011

Faz de conta...

Eu era um limite e era um sonho...
Era um ponto e uma interrogação...
Eu era uma vida inteira pela frente e um caminho inteiro percorrido, escrito em tintas golpeadas em um papel surrado, amassado e tomado de volta...
Era uma palavra finita em sua infinitude...
Eu era uma antítese e um confronto inteiro de significados a deriva...
A quem diga que ainda nem fui, mas poderia se quisesse... Ia.
Havia um carrossel e os homens no parque pincelando pensamentos distantes dos meus. Tão...
Era um dia e uma noite... A tarde não conta... Essa metade é só metade entre a claridade e a escuridão.
E iam-se os dias, martelavam-se as noites... Tic-tac dizia-me o relógio e eu pensaria que resposta poderia eu, ser capaz de dar-lhe?
Só bati meus sapatos camuflados e era um "Toc-toc... Toc-não toc" Se ele entendia, eu nem sei, mas acho que fiz o que podia... Senão, não seria capaz de culpar-me, por essa falha...
Falha. ..
Fa   lha.. .
Fa  la
Falha fala transcendendo em versos... De novo e de novo e pra sempre e sempre até nunca mais respirar o possuidor da caneta divina que ausenta versos da mente para abandoná-los em um papel.
Eu fui um dia, o que guardei nas minhas camadas hoje...
Fui uma criança em vestido branco de laço, com medo da máquina fotográfica... Que medo era esse? Quem sabe, o de engolir minha alma...
Fui um sonho de ser um ser tão alvo... Almejei tanto, sai do meu muro e pisoteara-me a realidade.
Não há doces, o carrossel virou vapor e lembrança na mente por baixo das minhas camadas.
E tantas as coisas e tantas as mentiras... Deveriam ter dito as meninas, que na vida real, os príncipes é que viram sapos e as cinderelas é que viram "Gatas-Borralheiras", nunca o contrário.
Sabe, eu pisei aqui... Sonhando um sonho diferente... Eu pisei aqui, pensando pensar um conto de fadas... Eu pisei aqui, sem saber que descalço perfuraria meus pés... Eu senti os espinhos, os restos, mas resolvi ainda, fica aqui.
E de vez em quando olhar o mar é bom, mesmo que seja o mar do meu mundo...
O mundo de uma letra só que seja... Ou de um verso inteiro, para ser trilhado...
Eu era... Eu fui... Queria ser um faz de conta...

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