sexta-feira, 4 de setembro de 2009

“todo mundo ouve, mas fingi que não por pura conveniência”

Ontem eu estava pensando em tanta coisa, na nossa vida.

Eu e você, somos tão próximos e tão diferentes.

Na verdade, eu nunca pensei que chegasse nesse ponto um dia, pra falar mais do que a verdade, eu nunca pensei que pudesse acabar num conflito tão grande assim. Sem saber quem sou direito. Quais as minhas intenções comigo mesma.

O problema, é que são tantas coisas pra se pensar e tantos anseios, tantas loucuras, que fica difícil definir uma apenas para se solucionar. Eu precisava demais que tentasse pelo menos me ajudar a resolver isso, mas toda vez que estou de frente para o espelho, você fica ali, imóvel, esperando que eu me movimente para só então você se mover também.

Me divirto com a nossa loucura, mas estamos chegando num ponto crítico. Vivo num mundo que não compreende bem isso e então é perigoso. Sem contar que você foge sempre que preciso...

Eu choro e você não vê, porque eu não corro para frente do espelho. É doloroso demais, entende?

Eu tenho raiva e você só vem quando quer me fazer explodir, depois você some e então as pessoas, condenam a mim...

É a minha face que leva as bofetadas das pessoas que “NÓS”, amamos. São as minhas pernas, os meus braços e as minhas costas que suportam o peso da sua ignorância, da sua miserável incompatibilidade com o mundo e com a melodia que se toca nele!!

É o meu olhar... A minha palavra...

A minha pele e o meu vazio e o meu coração e... e...

Todas as coisas que você não sente, ou fingi que não senti por causa desse seu orgulho idiota!

Me fazendo passar por cima dos outros.

Eu não sei mais. Eu não compreendo nada de nós e isso me inclui mais do que você as vezes. Você que faz parte de mim!! Você que é meu grito! Você que nunca assume que sou eu.

Eu disse a todos que nunca usaria uma máscara. Não mudei. Eu não uso. Eu sou a própria máscara,

Sem verso.

Nem poesia.

Que me descreva satisfatoriamente.

Sem voz,

Sem luto,

Sem vida,

Sem mundo.

Por: Ana Greice

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