sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um lapso...

Melhor teria sido se eu não tivesse acordado hoje...
Você também está sentindo a mesma coisa?
Aquela impressão de que estamos próximos de algum acontecimento. Desses que nos tiram da órbita e nos fazem revêr nossa própria condição.
Eu sonhei com ele essa noite...
Estavamos no teatro e eu ainda dançava.
Não vi os rosto dele mas sabia que era ele.
De repente eu não sabia quem eu era e porque estava ali. Ele me olhou com uma doçura mascarada e me atraiu para armadilha.
Seu corpo frio, seu olhar firme mais terno.
Ficamos frente a frente.
O tempo todo meu melhor e meu pior. Algo meio simultâneo, sem referência de início, meio e fim.
Eu me encantei.
Mas esperem... Era você o monstro, como pôde ser capaz de me encantar?
Não cabem explicações agora. Quero antes estar no teu abraço!
E que seja necessário sentir e repirar a tua respiração. Pulsar a tua pulsação.
Me cansei de fugir dos monstros...
Pensando nisso, adormeci vendo por de trás da máscara, o seu sorriso. Era exatamente como eu sentia, no meu sentir de coisas.
Você se esforçou para parecer mais humano. Era bom no que fazia e isso me desmontou...
Nos encaramos. Eu vi a sua história, sem que se precisasse dizer uma única história.
...Como se parecia com a minha...
Quem era o monstro então?
Que interessava isso também?
Na verdade nada.
Eu poderia morar naqueles olhos, mas quando eu o vi se aproximar para tocar meus lábios, alguém bateu à porta do meu quarto.
Acordei relutante.
Vi que você também havia se assustado, subido as escadas da noite e me deixado só...

Acorda menina!! Levanta!! Se arrume depressa!!

O que aconteceu?

...

O que aconteceu?
Eu sinto muito, querida...

Então era isso... Eu nem devia ter acordado. Nem devia ter acredito nele. Disse que viveríamos para sempre... Mentiu!
Ahh... A loucura brincando comigo de novo.
Sentei-me na cama. Uma lágrima experimentou minha face...
Entre palavras de consolo e o desvio do meu olhar incrêdulo deparei-me com a penteadeira. Resgatei-me da visão embaçada e encontrei seu sorriso.
Tudo...
...já havia acontecido há 4 anos.

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