quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Me fiz palavra...

Pensando bem, acho que não sou capaz de me comover comigo mesma mais.
E nesse momento é muito mais necessário apenas viver...
Sem saber porque ou querer entender. É muito mais profundo e mais intenso do que a necessidade de entender apenas. É o desejo de mergulhar... E mergulhar em dimensões que não sei. E ser o princípio de todas as coisas que vierem a se desencadear depois.
Ser minha própria palavra "questão do sentido" e decifrar-me essas questões instaurando-me na minha atualidade.
Vivenciando-me, experimentando-me, recriando-me, inventando-me , assumindo-me e enfrentando-me todos os dias como em uma guerra onde se vence batalha por batalha até que não se reste mais nada de campo a campo, lado a lado, gesto a gesto, verso a verso, palavra a palavra.
É nessa diversidade, nesse turbilhão de movimentos que encontro talvez minha essência e torno a perder-me nela quantas vezes me sejam necessárias ou não.
Atuo.
Sobre um palco gigantesco, "vestida para matar", diria alguém. Matar a quem? Minha moral talvez, penso.
Busca doentia de encontrar o paraíso em terras longínquas? Aqui não posso. Propus-me estrangeira aqui. Peregrina. Agarro-me as chances de voltar novamente ao lar... sem asas. Meu céu não é aqui e o que tenho dele em mim, repousa em meu coração sob a minha pele e minha alma.
Agora assim: Corpo e alma estou. Retorno a mim mesma. Será esse o caminho? Que caminho?
Estabeleço normas e valores sobre mim, de onde vem eles? Para onde querem que nós sigamos afinal? Em favor de mim, poderiam julgar-me.
E busca-se o sentido e se faz e refaz perante os meus olhos e que eu veja de outro ângulo e que a imagem seja mais clara e melhor. 
Fora de mim, talvez encontrem a essência que busco...
Dicotomias inteiras para serem dissecadas.
E o que vejo além, são as referências de uma vida inteira.
Saudade de mim, que desafiada no meu tempo, descoberta singular que talvez não seja desvendada por mim que... me fiz palavra...

Um comentário:

Valsa

Não gosto quando ela se aproxima assim... Mas sempre a recebo... Mesmo que não tenha vindo dessa vez a minha casa, parece que ela faz que...