segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Serei eu...

Ainda que os dias não me sejam mais meus...
Ainda que eu não tenha forças para causar guerra e em cada batalha vier a perecer...
Ainda que eu não respire e apenas suspire a saudade de coisas que nem vi...
Ainda que eu não seja capaz de ver, o que me for escancarado, porque talvez enxergue melhor o que se pode sentir nas entrelinhas...
Serei eu e permanecerei eu e enquanto eu...
Serei um mar, com ondas indo e vindo...
E pensamentos avulsos, que não podem pertencer a ninguém, mas pertence pela desonesta teia de idéias onde fomos jogados, como em uma selva, para vencer ou perecer pela espada da humanidade.
E sentidos expostos, vistos a olho nu, por indivíduos que nascidos em terras longínquas e nunca antes vistos leem como se fosse sua leitura diária.
E angústias que nunca serão capazes de serem compreendidas se quer, por quem as sente as vezes...
E dores que vem e vão e não tem porque... E não se sabe como e não se vê onde e não se entende e se repele e se retêm como se fosse essencial doer e apenas doer para poder ter em mente as palavras certas, no momento certo... Sem expectativas?
E aí? Ainda assim? Mesmo assim queres?
Sim! Digo forte.
Serei eu...
Acima de todas as consequências. Princípio de toda fluência. Inimaginável, talvez paulpável, nunca demais plausível, mas sempre nítida as cores com que se colore os traços que se desenham na vida a cada passo.
Serei eu...
E não há verso, nem gesto, mas meu mero desempenho ante as facetas que a vida me causar, me apresentar.
Serei eu...
A causa do meu desatino, talvez o meu princípio e se eu quiser também meu fim.
Serei eu...
E embora digam-me que não, levantarei minha bandeira pelas manhãs e não aguardem para vê-la a meio mastro, eu não pretendo...
Serei eu...
E em cada dia, reforçarei meu ser em mim. Será tão firme este propósito, que talvez um dia digam meus versos vendo-me alí... Tão perto e acessível quanto os pensamentos e as palavras que vierem a saborear em dias de chuva...
Baixa neblina....
Lágrima de menina...
Verso em desespero...
Palavra de exagero...
Coisas que fluem em instantes de um dia de mim.
Queres?
Sim.
E agora?
Basta! Serei eu!!

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