quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Se os eucaliptos falassem...

Eles diriam que me encontro profundamente cansada,
Extremamente desgastada,
E contariam uma breve historinha, frágil historinha, escrita em suas folhas talvez.
O que se pretende com isso?
Talvez nada, talvez a necessidade de escrever e contar algo levado na brisa.
Uma ausência quem sabe... Um dia que poderia ter existido apenas, mas que pela incômoda comodidade humana não existiu.
Coisas de alma pobre, seca, insaciável, sonhadora, mas covarde.
É triste, mas tenho que concordar...
Estou sem versos, sem cinzas...
Dá-me tinteiro novo para escrever versos novos. Uma pena de fênix que possa nascer todos os dias e fazer algo de mim quando eu não der conta mais.
Vamos olhar o tempo e perguntar para ele se ainda há de nos querer mesmo que tenhamos apenas... Versos miseráveis, passagens contidas de dias absurdos, loucuras dormentes em uma praia de morte súbita.
Um salto que seja pergunte a ela?? Esticarei meus braços, abraçarei aquele cometa e partirei para terras desconhecidas, viver almas incontidas, que de liberdade tem apenas a tradução hipócrita de um velho cego e surdo que passou por aqui, encantou-se e morreu contemplando a vela.
"Herança, de sua esposa seca..."
Apenas a tradução... Sim... Empobrecida... Dever-se-ia tê-la encantado mais... A pensar assim, talvez até ele estivesse vivo ainda.
E os eucaliptos saberiam que dizer apenas não é toda a solução... É preciso sentir... E sentir é o que faço de melhor... É o que me deram para ser nesse universo todo...
E as palavras?
Bem, não ouso deduzí-las.
Diz o poeta os versos, mas nao intimida as palavras, porque delas se serve quando quer expandir um pouquinho, o que ele leva consigo embaixo da pele. 

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