domingo, 6 de março de 2011

Canto meu conto...

O que acontece com agente que de tempos em tempos tem que sentir isso?
Um dia, eu abracei as causas dessa vida, não sabia que as abraçava e consequentemente não sabia que seria assim.
Quando é que assinamos os termos dessa vida que nos condicionam a ser o que somos nesse mundo?
Nasci para ser... E ser, pretendo. Embora nunca saiba ser bem o que devo ser.
Eu tenho vivido de antíteses. As vezes odeio meus versos, porque falam demais de mim, outra hora eu os amo, porque eles me esvaziam...
Que seria de mim senão fossem as palavras?
E as palavras? Que seriam delas senão fosse me insistência em dizê-las?
Escolhi vocês para dizer aquilo que dilacera, me incomôda e me supera em gestos indizíveis, se assim puder dizer.
De cantos e contos propus-me, mas o mundo não estava pronto para mim... E acho que eu nunca estive pronta para o mundo e imagino que não estarei diante da imensidão de coisas que me acontecem...
Tudo é demais nesse mundo. E as vezes demais em coisas tão supérfulas.
Eu vivo de momentos (parece velho isso!), mas na verdade o que quero dizer é que não quero dar importância demais as coisas, para não me prender a nada.
Se for para me prender, que sejam em coisas pequenas... Aquelas que ninguém vê, mas que são capazes de transformar as coisas em nós. As outras coisas... Aquelas que vivem dentro da gente, em cores e formatos diferentes, dependendo do nosso estado de alma.
Ai alma...
Óh alma...
Volta e meia estamos nós frente a frente.
Nosso universo inteiro se resumindo a nós duas.
E nós duas as vezes somos demais insuficientes as destrezas e as artimanhas uma da outra.
Você é minha parter, a melhor de mim talvez. E eu? Uma casca leprosa, descamando noite e dia para libertá-la das correntes que a acometi.
Perdoa-me, alma.
As vezes me vejo tão presa quanto você. E embora não saiba lidar, desejo-te livre para alcançar os vossos sonhos e também contemplá-los contigo no nosso universo infinito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Valsa

Não gosto quando ela se aproxima assim... Mas sempre a recebo... Mesmo que não tenha vindo dessa vez a minha casa, parece que ela faz que...