sexta-feira, 11 de março de 2011

Um sentido agora...

E os meses vão passando...
E os dias também...
As horas, os minutos...
Repare bem, que todas as  coisas tem passado, exceto a ausência e o medo que ficou de não se cumprir o que foi prometido antes da ausência.
Eu sinto muito, voltar a isso, mas é assim que me sinto.
Tenho procurado o abraço que você levou e com ele as palavras amigas que me disse, mas é uma busca inútil, os abraços não são iguais e de fato, agora entendo, o quanto significava e significa para mim.
Já se foi o mês... Agora começo minha reflexão, minha conversão... Sempre para o alto!! Olhe para o alto!! Você dizia... E o peso das minhas correntes mergulhavam minha face no reflexo da coisa mais bela que poderia ver se tivesse forças para fazer cumprir os seus conselhos. Mas em vez disso, eu era capaz de ver apenas o reflexo do belo que você me propunha.
Arrisquei olhar para o alto e era maravilhoso como você me disse que era e de repente me arrependi de não ter olhado para o alto quando você estava do meu lado.
Me senti apaixonada, mas entendi que não era para ser assim um amor a dois, mas sim um amor incondicional, incalculável que transbordasse no mundo inteiro.
Não sei se você sente, mas sinto que viemos para algo que não nos é compreensível ainda, tamanha a sua imensidão e tamanha a nossa pequenez diante de tudo. A impressão é de que ainda não estamos no lugar que deveríamos estar, mas que se aproxima a hora desse lugar e desse acontecer de coisas que venham a se desencadear depois. É fato que não seremos o princípio, mas sim parte de um princípio já escrito anos antes para nós e conosco antes dessa nova etapa de nossas vidas, antes mesmo de nossas vidas.
Confiar, dói e exige de nós um sacrifício constante, mas é um sacrifício que não nos martiriza, mas nos dignifica naquilo que é bem maior e muito melhor do que nós mesmos.
Falar da intensidade nesse momento é difícil... É algo que explode no peito e de repente volta para nós como se não coubesse no peito mas quisesse estar ali e permanecer ali pela pura necessidade de estar ali... No peito, na alma ou em qualquer lugar, ponta dos nossos corpos e das nossas alma.
É uma descoberta nova, todos os dias de si mesmo e do outro como algo que é visto pela primeira vez diante de tantas coisas...
É uma diversidade de sentimentos que adoça e amarga nossos lábios e nos sustenta pela fé...
E todas as coisas acontecendo te desnorteando, te colocando no centro, atrás e a frente do batalhão...
É a própria morte e a própria vida acontecendo ao mesmo tempo. Uma morte para uma vida velha e o nascimento para uma vida nova. Acontecimentos esses, que se dão a cada hora da descoberta de uma vida em Cristo.
A conversão constante, arraigada a necessidade de adorar apenas.
Como um recém nascido que suga o seio da mãe para satisfazer suas necessidades e também para manter-se sentido, parte protegida de sua geradora.
Todos os dias, sentava-me aqui para escrever as minhas estranhezas, hoje sento-me para dizer isso...
Não tenho pressa em fazer sentido. O sentido vem para aquele que vivencia isso e sabe em cada palavra o que posso ter tentado dizer aqui.
São meras palavras... Por vezes traiçoeiras. Incapazes de dizer e transcrever a funda esse sentimento tão intenso, tão profundo e enraizado na minha vida como cristã...
Desceram inúmeras, penosas, pesadas teorias sobre mim e sobre essa verdade, mas permanecerá minha sede, porque está decidida por Deus antes de mim.
Viram dias de dores inigualáveis, mas posso crer que serei sustentada pela infinita misericórdia e bondade do Senhor, que me quis tantas vezes a ponto de retirar-me das lamas, onde afundei-me...
Ainda terei espinhos, se quereis saber. Não são poucas as minhas misérias. Mas pequenas diante da imensidão do amor de Deus em minha vida.

Um comentário:

Valsa

Não gosto quando ela se aproxima assim... Mas sempre a recebo... Mesmo que não tenha vindo dessa vez a minha casa, parece que ela faz que...