segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Inquietações... (Sessão desabafos)

Sabe Anna...
Dormi pensando no que conversamos e refletindo sobre o que você me falou no seu texto e mais uma vez, como todo o costume de Ana, pedindo respostas que talvez não consiga alcançar nesse momento.
As vezes queria que as respostas aparecessem alí, tão imediatas quanto as minhas angústias. Mas o que fazer?
Deus dá a graça! E nos faz sentir nele e de repente nos sentimos tão sós... Fazendo minha oração Ele completava: "Meu Espírito vai e vem como lhe aprouver. Se assim, foi com os santos e santas, que dirá de nós, pobres e fracos?" No entanto, observo que embora nos sintamos sós, não o estamos, pois Ele nos deixa aqueles com quem podemos dividir nossas instabilidades e até sentí-las juntos.
Procuro um lugar para repousar... Mas me vem no coração, que talvez ainda não o encontrei, porque não chega a hora de repousar... Há bem da verdade, sabemos que há tanto para se fazer e o que fazer?
Toda a minha angústia vai e vem. Reparo no entanto, que quando vai, não necessariamente me deixa e quando vem já encontra um certo recanto onde se deleita, abrindo mais as feridas que tenho.
Se são curáveis? As vezes, não sei... Se devem ser curadas? Isso me intriga.
...
As vezes paro e sinto tanta saudade das coisas que não tive...
Minha mente tem brincado comigo, fazendo-me ter saudades de sensações, de pessoas, de dias que nunca tive...
A beira da loucura, poderiam pensar alguns... Bem, isso não importa. Essa loucura de certa forma, me agrada.
Anna, seria isso tudo, sintoma da nossa humanidade?
Do que mais precisamos nos despojar?
Onde precisamos estar?
Estou em um busca quase heróica para encontrar o meu lugar e no meu lugar encontrar quem como eu assuma toda a missão de ser de Deus, acima de tudo.
As vezes me acomete a pressa e limitada me redobro em lágrimas...
Sim. O tempo tem passado...
Para muitos, o tempo tem sido favorável, pois nunca estão humanamente sós. Será?
Deus me dá alegrias e me dá pessoas, que me fazem pensar se sou eu realmente que estou só...
A bem da verdade, começo a entender, que não... Apenas a minha menina (aquela que permanece nos seus quatro a dez anos de idade), teima em querer, o que talvez ainda não esteja pronta para ter...
O tempo Deus dita!
A minha ansiedade, por vezes, ao tempo de Deus grita!
Como Ele responde?
Aquieta o teu coração, fica segura comigo, pois o que eu teu, te darei um dia, quando verdadeiramente tiverdes se deixado abandonar em mim...
Que abandono mais, Senhor?
E mais uma vez, levanta-se a angústia para inquietar-me...
Repare Anna, que quando uma questão se deita em mim, outra se levanta... Porque isso?

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